CANTO SEM FRONTEIRA
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
SONGS FROM THE HEART OF INDIA - INDIA
Na Índia, obedecendo a sua intensa diversidade cultural, encontram-se vários padrões musicais, que vão do tradicional os hits pop dos musicais cinematográficos indianos. Não há um largo conhecimento da musicalidade indiana no Ocidente, mas alguns nomes se destacam nesta região do Planeta, tais como Ravi Shankar e Sheila Chandra.
A música na Índia tem origens ancestrais, pelo menos seis mil anos de trajetória, uma mistura da influência de várias culturas e civilizações. Os arianos - provenientes do ramo asiático da família indo-européia -, ao atingirem o subcontinente indiano, levaram em sua bagagem conhecimentos e ritos posteriormente transcritos nos quatro Vedas, textos em sânscrito que compõem as escrituras sagradas do hinduísmo, contendo cada um deles seu próprio esquema declamatório.
As músicas criadas pelos dravídicos - habitantes do Sul da Índia- associaram-se à sabedoria védica. o paradigma clássico unia a música verbal, conhecida como 'gita', a parte instrumental ou 'vadya' e a coreografia interpretativa, chamada 'nrtya'. O budismo contribuiu para a disseminação da produção musical do período cristão, levando consigo seus acordes pelo Tibet, China, Coréia e Japão, bem como pelo Sudeste Asiático, Indonésia, Myanmar e Tailândia.
Ao final do domínio budista e helenismo, que durou de meados de 250 a.C. a 600 d.C., houve um renascimento da musicalidade hindu, em sua natureza sagrada, renovada pela presença de novos recursos instrumentais e de trabalhos mais teóricos. Nesta época surgiram peças famosas, como o Brhaddesi, do século X, e o Sangitaratnakara, de Sarngadeva, que tem papel de destaque na jornada musical da Índia, lançado no século XIII.
A musicalidade árabe desembarcou no solo indiano no século XIV, durante a vigência do Islamismo, conferindo à musica local uma nova vibração, um novo colorido. Mas a queda do império da Mongólia, no século XIX, e a concretização do imperialismo britânico na Índia, desvaneceu-se o antigo brilho da cultura musical. Mesmo assim, pode-se afirmar que a presença da música produzida no Ocidente é quase nula nesta região da Ásia.
Esta tradição, adepta de uma temporalidade muito diferente da ocidental, não percebendo distinções entre o presente, o passado e o futuro, imprimiu suas marcas na musicalidade européia e americana. Os indianos só diferenciam o hoje - 'aj' -, do passado e do futuro, ambos traduzidos pela mesma expressão - 'kal'. Esta concepção temporal reflete diretamente na visão musical, na criação das escalas, na divisão das oitavas, na instituição dos intervalos, no tecer das melodias. A música indiana não segue a convencional percepção ocidental, de começo e fim; ela flui, como se nascesse repentinamente e se esvaísse da mesma forma. Seu sistema melódico atual baseia-se no RAGAS - composto por 5, 6, ou 7 notas ligadas às estações sazonais, às horas diárias, aos sentimentos, às paixões, às castas, entre outros elementos desta cultura. Os principais instrumentos que acompanham as músicas indianas são o sitar, a vina, a flauta de bisel e as tablas.
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